quarta-feira, 20 de abril de 2011

Exemplar Contemporâneo


No século 19, o capitoné  definiu o estilo Vitoriano na Inglaterra e Napoleão III na França. Paredes de boudouir revestidas de veludo ou mesmo os interiores da carruagem da rainha Victoria. Motivado por trazer este conforto de volta ao passado e aliado ao desenho  bombástico, o designer austríaco Robert Stadler criou a série de sofá, poltrona, pufe e mesa de centro denominada Irregular Bomb, (U$ 64,000) revestido de couro cor cimento. A plasticidade orgânica do mobiliario foi apresentada pela Carpenters Workshop Gallery, no Design Miami.
Mais detalhes em: www.cwgdesign.com

Referência:
http://www.tanamodaonline.com.br/2010/12/capitone-para-ingles-ver/ 

Exemplar Contemporâneo


Uma empresa inglesa acredita que seus clientes querem deixar suas casas com cara de “castelo”. A Newtons Furniture Company é especialista em reproduzir móveis vitorianos e lançou uma coleção folhada a ouro.O conjunto para quartos é feito em mogno e coberto com ouro 24 quilates. Na coleção, há cama em três tamanhos, espelho e criado mudo. Uma cama, por exemplo, pode equivaler a quase R$ 5 mil. 

Referência:
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI107081-16352,00-CAMA+FOLHADA+A+OURO+CUSTA+R+MIL.html

Exemplar Contemporâneo


No desejo de reproduzir a exuberância de móveis e objetos da realeza, artesãos da Provença, região no sul da França, inventaram um estilo próprio: o provençal, que remete aos séculos 17 e 18, mas não deixa de conquistar fãs pelo mundo até hoje. Esse tipo de decoração pede móveis pintados e entalhados.

Referência:
http://casa.abril.com.br/materias/moveis/ambientes-moveis-charme-provenca-511076.shtml

Exemplar Contemporâneo


Essa é a banheira Slipper Bebe que é um modelo exclusivo da Doka Bath Works. A Slipper Bebe é uma versão mini das já muito conhecidas banheiras em estilo vitoriano, produzidas pela marca inglesa Victoria & Albert e importadas com exclusividade pela Doka Bath Works.
Para saber mais mais clique: www.dokabathworks.com

Referência:
http://espacodecorado.com/2009/06/banheira-em-estilo-vitoriano-para-bebes/
Henry Eyles, foi quem projetou e fez essa cadeira, existe uma placa de porcelana representando o Príncipe Consorte na parte de trás da cadeira é uma lembrança do seu papel importante no planejamento da Grande Exposição de 1851. Emblemas esculpidos como o leão, rosa, trevo e cardo na parte traseira da cadeira, enfatizam o espírito nacionalista de muitos dos britânicos. A mesma foi toda esculpida em mogno, com estofado em tecido vermelho.

Um de um par de vasos destinada a ser apenas peças de exposição. Retratos patriótas da rainha e príncipe consorte, aos nossos olhos, estas pinturas são bastante estranhas, justapostas com folhagens douradas moldados e pássaros, mas eles já demonstram o interesse prevalente vitoriana em história natural e formas naturalistas.
Mais detalhes em: http://collections.vam.ac.uk/item/O101882/table/
Na Grã-Bretanha móveis pintados satinwood baseado nos estilos dos anos 1780 e 1790 manteve-se popular pelo menos até 1830. Marceneiros adaptou e mudou o design um pouco para satisfazer a moda da época. Esta penteadeira era possivelmente uma adaptação de um desenho publicado em 1788 por uma combinação de escrita e penteadeira. A penteadeira pertencia a James James (1819-1879), um dos primeiros colecionadores de móveis satinwood, que acreditavam que ele tivesse sido feito em 1780 ou 1790. Existem várias versões vitoriano do movél, feito por empresas como Hindley & Wilkinson ou Maples, mostrando que o projeto continua a ser popular nos anos 1880 e 1890.

Mais detalhes em: http://collections.vam.ac.uk/item/O71146/chair-arm-chair/

Bules parecem sempre a margem para a imaginação do designer. Formas complexas adicionaram consideravelmente as dificuldades de elaboração e aplicação do padrão. Ela foi lançada em um molde complicado, mesmo o material sendo de barro e a decoração sendo a transferência de impressos.
Este bule mostra uma cena Indiana, com um elefante, britânicos e indianos e cães de caça. Lembrando que na época vitoriana do Império, a Índia foi favorecida.
Mais detalhes em: http://collections.vam.ac.uk/item/O74549/design-design-for-an-elaborate-brass/

Em 1851, esta cadeira foi descrita como uma cadeira de sala de estar. A parte traseira em forma e "cabriole" pernas indicam que ela foi inspirada por estilos de mobiliário francês do século 18. As cores suaves e delicados bordados no banco da cobertura original também mostram que a cadeira era destinado a um interior feminina.
Esta cadeira também foi apresentada Henry Eyles. O uso não convencional da placa de porcelana com a imagem da Rainha Vitória, e as Armas Reais bordadas no banco, demonstrou suas habilidades criativas, bem como oferecer uma forma de homenagem ao monarca. Essa engenhosidade técnica e combinação de materiais inusitados era típico de grande parte do mobiliário mostrado em 1851.

Mais detalhes em: http://collections.vam.ac.uk/item/O96542/vase-and-cover/


Sobre o estilo Vitoriano

De 1837 a 1901, foram os anos em que a Inglaterra foi governada pela Rainha Vitória, o país vivia um período conhecido como "época vitoriana". Foi um longo período a partir da expansão do Império Britânico no estrangeiro, bem como o auge e consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas invenções. “... O processo de relativa democratização do consumo de artigos de luxo pode ser entendido como um indicador útil do grau de inserção de uma determinada sociedade na modernidade industrial e urbana...” (p.86).
Observou-se uma variação de estilos, com influência indiscriminada do Gótico, Luís XV, egípcio, turco e veneziano. Eram movimentos feitos sem inteligência ou preocupação de detalhes. O próprio interior era uma confusão de estilos e cores, sempre forte, com painéis pseudogóticos. “... Surgem na Inglaterra as primeiras manifestações daquilo que viria a ser um fenômeno constante na historia do design: os movimentos para a reforma do gosto alheio. O primeiro grande nome entre esses reformistas foi o arquiteto A.W.N. Pugin, precursor do movimento internacional de recuperação dos princípios e das formas da arquitetura gótica que ficou conhecido posteriormente como Gothic Revival...”(p.77)
A nova burguesia queria exibir em suas casas decorações que ostentassem sua nova riqueza. “... A preocupação generalizada com diferenciar e tornar especial a casa e moradia é um fenômeno característico do século 19. Desde muito, os reis e nobres investiam grandes fortunas em construir e ornar seus palácios, fazendo uso da arquitetura e da arte como formas de ostentar o seu poder e de manifestar e sua gloria...” (p.63). Na decoração dos móveis, usava-se em abundância madeiras nobres exóticas, como o jacarandá, a rádica e o mogno. Os objetos como quadros, candelabros, enfeites, tapetes e luminárias eram numerosos, a maioria das peças oriundas do distante Oriente, como porcelanas chinesas ou tecidos de decoração em seda bordados com fios de ouro. “... a segunda metade do século 19 foi marcada por uma verdadeira explosão  do consumo, ... transformaram as compras em uma atividade de lazer, e não mais apenas em uma rotina a ser cumprida...”(p. 87). Tecidos com motivos florais constituem o esquema de decoração. O estilo agrega estofados em couro e tecidos.
A Rainha Vitória  mostrada na manhã de sua ascensão ao trono, em 20 de junho de 1837.